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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Com sofisticação, moda evangélica cresce sem desobedecer a doutrinas pentecostais

Com sofisticação, moda evangélica cresce sem desobedecer a doutrinas pentecostais
A moda evangélica tem ganhado espaço entre as consumidoras e os empresários, que enxergam nesse ramo uma oportunidade de mercado. A segmentação “moda evangélica” no ramo têxtil é relativamente nova, mas busca atender as mulheres que devido às doutrinas de suas igrejas, precisam vestir-se de forma conservadora e a preços acessíveis.
Como um dos principais motivos para a existência da moda evangélica é a necessidade de roupas que cumpram à risca as exigências das denominações, o desafio dos fabricantes é incrementar estilo e elegância aos modelos, de forma que as consumidoras sintam-se bem vestidas.
“Segmentação é, sem dúvida, uma tendência, como vem sendo desde os anos 1980, na época em que surgiram as surf shops. O risco que se corre é quanto à administração dos negócios, saber onde você está investindo. Onde eu me comunico com meu público? Nesse caso das lojas de surf, a maioria quebrou por não ter sido bem administrada”, afirmou Ivan Bismara, coordenador do curso de Moda da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).
Alguns empresários apostaram cedo nesse ramo e cresceram a uma velocidade incomum. Fabrício Guimarães Pais, dono de uma confecção, relata que após migrar para esse segmento, o volume de produção aumenta 20% por ano: “Depois que mudamos para moda evangélica, nosso faturamento aumentou de forma considerável. A gente conseguiu achar esse mercado, que é um mercado inovador, que muita gente procurava essa moda, mas que quase ninguém fabricava. Um pouco, acho, por medo. No nosso caso, poderia ter dado tudo errado”, afirma o empresário.
Há também os que resolveram investir no ramo por uma necessidade particular e que, enxergou a possibilidade de crescer. Laerte de Oliveira Tolentino ouvia queixas das mulheres da família sobre a dificuldade de encontrar roupas com qualidade. Montou uma equipe com vinte pessoas, e dez anos depois, em suas duas confecções, emprega direta e indiretamente duzentos e cinquenta trabalhadores, segundo informações do G1.
Uma das pioneiras do ramo, a empresária Ivone Pizani Gonçalves, revela que no começo de seu empreendimento, era tudo muito difícil e arriscado: “Hoje a gente tem equipe trabalhando, mas naquela época [perto dos anos 2000], era só eu que fazia tudo: criava, desenvolvia. Eu e meu filho. Nós começamos cortando uma quantidade bem pequena, sempre com um pouco de medo, mas depois ficamos muito surpresos. Foi espantosa a procura”.
Para toda moda alcançar visibilidade é necessário uma personalidade que adote aquele estilo. No meio gospel, a cantora Damares é uma das que usam a chamada moda evangélica, sempre com saias e blusas aceitas pelas doutrinas das igrejas pentecostais. “Meu estilo é clássico, mas diferente, com um toque pessoal. No meu caso, compro as roupas prontas ou mando fazer, dependendo da ocasião. Já até recebi umas propostas para lançar uma marca de roupas evangélicas e sapatos”, revela a cantora. Enquanto não lança sua própria grife, continua servindo de inspiração para as fãs.

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