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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Quando o Sexo no Casamento Torna-se Pecado!






Carlos Moreira


Bem, para falar sobre o tema, de alguma forma, é preciso conceituá-lo. Não sou especialista no assunto, mas sou praticante há 20 anos (risos). Desta forma, imagino ter obtido alguma autoridade para discorrer sobre a questão. Além do mais, tenho ouvido durante décadas casais com os mais diversos tipos de problemas e conflitos na área sexual, o que se constitui vasto “material” para utilizar num artigo.

Com vistas a chegar a algum ponto de “iluminação” da consciência, vou tentar dizer logo de cara o que não é sexo. Será mais fácil assim. Sexo não é coito, ou seja, não é o ato em si, com carícias, preâmbulos, penetrações e orgasmo. Os animais fazem isto, mas não desfrutam da grandiosidade daquilo que Deus planejou para nós, humanos. Coito, é parte do sexo, mas ainda não é sexo.

Sexo é encontro de corpo, sim, mas também de alma e de espírito. Sexo é algo muito mais profundo e complexo do que a grande maioria de nós entende ou usufrui. O sexo começa no olhar, na sedução, na provocação, no desejo acalentado pacientemente. Depois ele passa pelas afinidades, complementaridades, pela admiração, o brilho no olhar, a paquera. Em seguida, vem a questão da “química”, do cheiro, do gosto, das formas, dos toques. E então, finalmente, vem a parte espiritual. Sim, sexo é coisa muito espiritual! Aliás, é mais espiritual do que muitas outras que imaginamos.

Fazer sexo com pessoas de “outro espírito” é deitar-se com alguém que tem uma natureza diferente da nossa e isto, obviamente, tem implicações para muito além do que se pensa ou se vê. Por isso, não à toa, Paulo fala sobre os desdobramentos deste tipo de sexo feito com a prostituta, ainda que ali o que ele quer tratar é muito mais sobre o “espírito de prostituição” do que da prostituta em si. Mas este tema é por demais complexo e eu falo dele em outra hora...

Se você quiser aprender alguma coisa boa sobre sexo no casamento, não precisa ler livros que dão conselhos sobre o tema, sobretudo estes que estão aí nas prateleiras e que são, na esmagadora maioria, baboseira pura. Faça o seguinte: abra a sua bíblia e debruce-se sobre o livro de Cantares. Ali está a mais linda poesia sobre o sexo, com metáforas das mais ousadas e pertinentes que farão um leitor atento e inteligente, que consiga ir além da “letra”, apropriar-se das alegorias e, assim, aprender muita coisa bonita e poética para a vida a dois.

Mas este não é um texto sobre sexo, e sim sobre o fato de se estar casado e fazer um tipo de sexo que é pecado diante de Deus. Sim, isto é possível e mais comum do que se imagina. Para entrar de cabeça na questão, vou usar apenas um texto dos muitos possíveis, pois ele vai me ajudar a pontuar o assunto.    

Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio.”. 1ª Co. 7:5. O texto é riquíssimo, mas vou usar apenas esta parte dele: ““Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento...”.

Em primeiro lugar, vamos esclarecer algo importantíssimo: não se “recusar um ao outro” não trata apenas da incidência da relação, ou seja, da agenda sexual, mas de algo com implicações mais profundas. Diferentemente do que, talvez, a maioria pense, não se recusa o parceiro apenas quando se diz a ele: “hoje não”, seja por que motivo for. Esta é apenas a forma mais usual. 

Na verdade, podemos recusar alguém de muitas maneiras, inclusive inconscientemente. Aliás, podemos recusar um parceiro fazendo sexo com ele! Recusa é algo que acontece não só nas proibições físicas – “isso não; aqui não; desse jeito não; não gosto assim;...”, mais também a nível emocional. Neste segundo caso, o problema é subliminar, pois a resistência fica “presa a alma”, aos sentimentos, e até ao intelecto. 

Mais há ainda outra frase chave nesta citação de Paulo e nós precisamos explorá-la melhor: “mútuo consentimento”. Sabe o que significa? Não é tão simples como talvez pareça. Não trata apenas de concordar sobre local e hora de fazer sexo, mas de algo muito mais profundo, ou seja, das práticas, dos “acordos”, dos “jogos” e “brincadeiras” que o casal se permite fazer quanto está neste nível de intimidade sem que nenhum dos dois se constranja, se sinta desconfortável, “invadido”, desrespeitado ou desconsiderado.

Então, usando o texto como uma referência, posso concluir que sexo entre um casal é algo que é feito sem privação, sem recusas, sem desculpas, sem subterfúgios, sem mentiras, sem disfarces, sem “véus”, no bom português: sem enrolação! E posso também arrematar que este sexo é feito de forma consensual, pactual, prazerosa – uma vez que um busca o que dá mais satisfação ao outro –, confortável, digna, respeitosa, equilibrada, ou seja, resumindo tudo: sexo é um encontro profundo de um ser com outro ser. 

Posto isto, ainda que de forma superficial, pois senão o texto ficaria longo demais, posso agora lhe dizer, de forma bem explícita, quando o sexo é pecado NO CASAMENTO. Sexo é pecado quando é feito sem desejo, quando um dos cônjuges está ali pela “obrigação”, apenas para “esvaziar” o desejo retido do outro. Sexo é pecado quando é feito sem discernimento, de forma animalesca, quando é sexo pelo sexo, sem que ambos percebam que há algo que está acontecendo para muito além do físico, da carne, dos instintos.

Sexo é pecado quando eu preciso de recursos periféricos para produzir excitação. Nestes casos, em particular, quero falar precisamente de vídeos pornográficos. Esta, inclusive, é uma das práticas mais comuns entre os “evangélicos”. Credo! O vício na pornografia vai diluindo a alma das pessoas, pois a substância interior se dissolve e vira uma pasta. Por isso tantas taras, bizarrices, esquisitices. Se você pudesse escutar o que eu ouço cairia duro! Sexo com o parceiro e a televisão passando vídeo de sacanagem é pecado!

Sexo é pecado quando eu não dou prazer ao outro. A coisa mais comum com a qual lido é ouvir das mulheres que elas jamais tiveram um orgasmo com seus parceiros em anos de casamento. ! É pecado! Mostra o descaso para com o outro, o descuido, a falta de percepção de seu constrangimento no ato, a falta de maturidade que me leva apenas a buscar meus 15 minutos de prazer em detrimento do outro que está há anos e anos na míngua, no deserto da excitação.

Eu sei que poderia escrever muito mais, porém acho que este “material” já nos dá conteúdo suficiente para começarmos uma conversa franca com nosso cônjuge, para abrimos nosso coração e falarmos do que nos incomoda, do que nos aflige, do que nos agride, do que gostamos e detestamos. Sem transparência, sem preocupação sincera com o outro, sem respeito mútuo, jamais seremos felizes na cama com a pessoa a quem dizemos amar. 

No mais, meus manos, aguardo os seus comentários! Já coloquei um capacete na cabeça para agüentar as “pedradas” que virão (risos).... Mas aqui declaro que falo a verdade, não minto, e faço-o com boa consciência e fé, na certeza plena de que o que digo pode gerar edificação e crescimento, tanto sexual quanto emocional e espiritual.

O que espero, sinceramente, é que você esteja conseguindo levar uma vida sexual boa, plena, digna, cheia de amor, de paixão e alegria, pois este é o padrão das Escrituras e o propósito de Deus. 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Site de Relacionamento Extra-Conjugal Já tem 150 Mil Adeptos no Brasil


Na esteira da tendência dos sites de relacionamentos extra-conjugais, o portal Ohhtel já possui 150 mil brasileiros inscritos, prometendo sigilo e anonimato a quem busca aventuras fora do casamento.
São 102 mil homens e 48 mil mulheres, a maioria do estado de São Paulo, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O site se junta aos também recém-chegados Second Love e Ashley Madison que também propõem que “A vida é curta, tenha um caso!”.
“à procura de romance porque em casa tudo virou rotina? A vida é curta, tenha um caso!”, assim é a apresentação do site Second Love.
O site de origem holandesa Second Love foi criado em 2008 e chegou ao Brasil em maio deste ano, propondo a prática da traição com total discrição e segurança. A rede social aceita participantes maiores de 25 anos e cobra mensalidade de R$ 29,95, sendo que ainda oferece uma promoção especial: os primeiros mil inscritos terão cadastro gratuito.
Outro site, desta vez canadense, o Ashley Madison, chegou no dia 15 de agosto e foi fundada por Noel Biderman. O fundador justifica a criação do serviço depois de constatar que 30% das pessoas que procuram sites de relacionamento feitos em teoria para solteiros, são casadas.
“Muitos aqui estão tendo ou já tiverem casos. Sabemos que isso faz parte da condição humana. Então porque não criar uma comunidade em que as pessoas possam se conectar e com isso evitar ter casos no local de trabalho?” disse Biderman.
Por trás do surgimento no Brasil desse modelo de negócios está a constatação de que o País apresenta altos índices de infidelidade. Uma pesquisa feita pelo instituto Tendências Digitales, o País apresentou os maiores números de traições da América Latina: 70,6% dos homens confessam ter traído pelo menos uma vez na vida; já entre as mulheres, o percentual é de 56,4%.
De acordo com a terapeuta de casais Marina Vasconcellos, quem busca um relacionamento extra-conjugal está tentando fugir de um problema em sua relação, e tenta suprir essa necessidade mal-resolvida através da saída fácil do adultério.
Já na visão do pastor Márcio Miranda, que foi líder do Ministério da Família da Igreja Presbiteriana Independente e ministra palestra para casais, o surgimento dessa tendência é um reflexo da vida moderna.
“Há uma tendência de superficialidade nas relações, e a prática de relações sexuais antes do casamento muitas vezes faz com que depois haja uma perda do interesse pelo parceiro”, disse ele ao The Christian Post.
Miranda denuncia a perda dos valores familiares e influência da mídia. “Infelizmente esse tipo de coisa hoje é muitas vezes consensual, existe uma falta de compromisso, criando espaço para o surgimento do fenômeno do ‘casamento aberto’”.
A prática do adultério é condenada pelos mandamentos em êxodo 20:14 e Apocalipse 22, como ele apontou: “Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”.

Lanna Holder anuncia que fará casamentos gays em igreja e expandirá denominação pelo Brasil


Teresina vai ganhar uma igreja evangélica que realizará casamentos gays no Piauí. A missionária Márcia Loiola, representante da igreja da Missionária lésbica Lanna Holder, participou na tarde desta sexta-feira (26) da Parada da Diversidade para divulgar a criação da “Comunidade Cidade de Refúgio”, uma célula na capital piauiense da religião difundida a partir da sede em São Paulo.
De acordo com Márcia Loiola, a “Cidade de Refúgio” de Teresina será inaugurada em dezembro e pretende fazer também uniões religiosas entre pessoas do mesmo sexo. O primeiro casamento gay da igreja está previsto para o dia 10 de setembro em São Paulo.
No site, a “Cidade de Refúgio” se descreve em seus propósitos como “Uma igreja que ama a todos e não exclui a ninguém”. A religião propõe a discussão do que seriam mitos e verdades da Bíblia. Márcia Loiola desafia qualquer pessoa a mostrar que o livro condena a homoafetividade.
“Nossa bandeira é Jesus e aceitamos os homossexuais como parte de uma nação que se levanta”, declarou a reportagem, enquanto caminhava na Parada da Diversidade pela avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina.
O evento começou no final da tarde desta sexta-feira. O policiamento é comandado pela tenente-coronel Júlia Beatriz de Almeida. Quatro trios elétricos animam o evento na avenida Raul Lopes, que foi interditada.
Fonte: Cidade Verde

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Faz bem ao coração ter um casamento feliz



União satisfatória aumenta em três vezes a chance de sobrevivência a longo prazo após cirurgias de pontes de safena, indica pesquisa americana. Estar em um casamento feliz faz bem ao coração.

É o que mostra uma pesquisa americana publicada no periódico especializado Health Psychology, da American Psychological Association. De acordo com o estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, pessoas casadas têm até três vezes mais chances de permanecerem vivas 15 anos após uma cirurgia de revascularização cardíaca, também conhecida como ponte de safena ou mamária.


“Existe algo em um bom relacionamento que ajuda as pessoas a permanecerem no curso da vida”, diz Kathleen King, coordenadora da pesquisa. Segundo Harry Reis, coautor do estudo, o efeito da satisfação no casamento é tão importante para a sobrevivência após a cirurgia quanto outros fatores de risco, tais como tabagismo, obesidade e hipertensão.Mas o casamento desempenha vantagens diferentes para homens e mulheres. 


Para eles, o matrimônio está relacionado a altas taxas de sobrevivência — quanto mais satisfatória a relação, maior será a sobrevivência. Para as mulheres, a qualidade do enlace é ainda mais importante. Enquanto casamentos infelizes não fornecem praticamente nenhum benefício à sobrevivência, os relacionamentos satisfatórios aumentaram em quase quatro vezes as chances da mulher sobreviver.


“A recompensa da felicidade conjugal é mais forte nas mulheres. Por isso, elas devem buscar essa felicidade para terem a recompensa na saúde”, diz Reis.Pesquisa - No estudo, foram avaliadas 225 pessoas que fizeram uma cirurgia de ponte de safena entre 1987 e 1990. Todos os casados foram questionados sobre sua satisfação com o casamento um ano após a cirurgia. Houve ainda ajuste de idade, sexo, educação, casos de depressão, tabagismo e outros fatores que afetam a sobrevivência para doenças cardiovasculares.Quinze anos após a cirurgia, 83% das esposas felizes ainda estavam vivas, frente a 28% das que eram infelizes no casamento e 27% das solteiras. 
O índice de sobrevivência para os maridos felizes também foi de 83%. Mas aqueles nem tão felizes assim também tiveram taxas elevadas. Homens em uniões não muito satisfatórias tiveram um índice de sobrevivência de 60%, significativamente melhor do que os 36% dos homens não casados.


“A cirurgia de ponte de safena coronária já foi vista como uma cura milagrosa para doenças cardíacas”, diz King. “Mas agora nós sabemos que para a maioria dos pacientes, os enxertos são temporários, e ainda mais suscetíveis a entupimentos e doenças do que as artérias naturais do local.


” No estudo, os autores citam ainda pesquisas anteriores que apontam que pessoas que têm um casamento com baixa hostilidade são menos suscetíveis a um tipo de inflamação relacionada às doenças cardíacas.

Site facilitador de adúlterio utiliza imagem de Cristo para se divulgar: “Tenha um caso e se arrependa depois”


A Arquidiocese do Rio de Janeiro acionou o seu departamento jurídico para impedir que um site de relacionamento extraconjugal continue a usar a imagem do Cristo Redentor em sua propaganda. Um outdoor da Ohhtel.com na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, reproduz o Cristo e diz: “Tenha um caso agora. Arrependa-se depois” (foto).
Adionel Carlos da Cunha, porta-voz da arquidiocese, disse que a entidade repudia “com veemência” a propaganda.
No ano passado, a arquidiocese recorreu à Justiça contra a Columbia Pictures por ter usado sem autorização o Cristo no filme 2012 sobre o fim do mundo – uma cena mostra o desmoronamento em grande estilo da imagem. Acabou havendo um acordo entre a arquidiocese e o estúdio.
O site americano Ohhtel lançou a sua versão brasileira em junho deste ano e já tem mais de 200 mil inscritos. Houve muitas adesões em São Paulo e poucas no Rio.
Diferentemente do que acreditava, Ohhtel constatou que os cariocas são conservadores em relação aos paulistas quanto ao relacionamento extraconjugal. Foi por isso que decidiu investir no outdoor.
Lais Priolli, vice-presidente de operações no Brasil do site, afirmou ao jornal Estadão ter comprado os direitos de uso da imagem do Cristo. Mas a arquidiocese disse que esses direitos lhe pertencem, os quais ela não vende a ninguém e que só permite o uso da imagem dentro de um contexto de respeito aos valores morais cristãos.
O padre Omar Raposo, pároco do Santuário Cristo Redentor, disse ter ficado “indignado” com a propaganda. “A igreja defende uma proposta de valorização da família. E esse site aposta no contrário, na relativização da família.”

sábado, 27 de agosto de 2011

Historiador israelense defende que povo judeu é invenção do sionismo



Na carteira de identidade do historiador israelense Shlomo Sand, no lugar reservado à nacionalidade está escrito que ele é judeu.
Sand, 64, solicitou ao governo que seja identificado de outro modo, como israelense, porque acredita que não existe nem um povo nem uma nação judeus.

Seus motivos estão expostos em "A Invenção do Povo Judeu". Best-seller em Israel, traduzido para 21 idiomas e incensado pelo historiador Eric Hobsbawm, o livro chega agora ao Brasil (Benvirá).
O autor defende que não há uma origem única entre os judeus espalhados pelo mundo. A versão de que um povo hebreu foi expulso da Palestina há 2.000 anos e que os judeus de hoje são seus descendentes é, segundo Sand, um mito criado por historiadores no século 19 e desde então difundido pelo sionismo.

"Por que o sionismo define o judaísmo como um povo, uma nação, e não como uma religião? Acho que insistem em ser um povo para terem o direito sobre a terra. Povos têm direitos sobre terra, religiões não", diz à Folha, por telefone, de Paris.

"Na Idade Média a palavra povo se aplicava a religiões: o povo cristão, o povo de Deus. Hoje, aplicamos o termo a grupos humanos que têm uma cultura secular -língua, comida, música etc. Dizemos povo brasileiro, povo argentino, mas não povo cristão, povo muçulmano. Por que, então, povo judeu?"
Valendo-se de fontes e documentos históricos, a tese de Sand, ele mesmo admite no livro, não é em si nova (cita predecessores como Boaz Evron e Uri Ram). "Sintetizei, combinei evidências e testamentos que outros não fizeram, pus de outro modo."

Ele compara: até meados do século 20, "a maioria dos franceses achava que era descendente direto dos gauleses, os alemães dos teutões e os italianos, do império de Júlio César". "São todos mitos", afirma, "que ajudaram a criar nações no século 19".
Neste século 21, sustenta, não há mais lugar para isso.

"Não só o Brasil é uma grande mistura. A França, a Itália, a Inglaterra são. Somos todos misturados. Infelizmente há muitos judeus que se acham descendentes dos hebreus. Não me sinto assim. Gosto de ser uma mistura."
Filho de judeus, nascido num campo de refugiados na Áustria, o autor lutou do lado israelense contra os árabes na Guerra dos Seis Dias, em 67, quando o país ocupou Cisjordânia e faixa de Gaza.

Em seguida virou militante de extrema esquerda e passou a defender um Estado palestino junto ao de Israel.
Professor na Universidade de Tel Aviv e na França, onde passa parte do ano, o historiador avalia que as hostilidades entre israelenses e palestinos, reavivadas nas últimas semanas, continuarão por tempo indeterminado.

"Enquanto o Estado palestino não for reconhecido nas fronteiras de 67, acho que a violência não vai parar."

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

NASCE NA ÍNDIA MENINA COM DUAS FACES, ASSISTA O VÍDEO


Uma menina com duas faces nasceu na última segunda-feira em uma vila localizada a 50 km de distância de Nova Deli, capital da Índia.
Os moradores do local acreditam que o bebê seja a reencarnação de uma deusa e estão todos em festa, comemorando com muita música, dança e pedidos de benção o seu nascimento.
Os habitantes da pequena vila Gautam Buddha Nagar ficam em torno da casa entoando cânticos, oferecendo moedas e pedindo favores, segundo o site IBN Live.com.
Apesar da má-formação, a menina está em bom estado de saúde, afirmam os médicos

Veja o Vídeo:

PRECISAMOS DE UMA REFORMA PROTESTANTE?

Análise do Cenário Atual e Perspectivas para o Futuro

Dom Robinson Cavalcanti (*)

IntroduçãoFalo essa noite a uma plateia de protestantes, e falo como protestante. Falo em um País onde as estatísticas referentes ao número de fiéis de igrejas que pretendem algum vínculo com o Protestantismo não para de crescer, Censo após Censo, quando começamos praticamente de zero, ao nos tornar uma nação independente em 1822. Um dos grandes debates entre sociólogos da religião e estatísticos é quando iremos parar de crescer, ou se iremos parar de crescer. O Protestantismo é um dado relevante não somente no Brasil, mas em toda a América Latina.
Por sua vez, o Congresso Lausanne III, realizado na Cidade do Cabo, África do Sul, em outubro do ano passado, reunindo clérigos e leigos da mais ampla diversidade denominacional, foi uma demonstração evidente de que o Cristianismo é uma religião que, finalmente, se tornou um fenômeno global, mas de que o Protestantismo é, em grande parte, o responsável para que o Evangelho esteja sendo pregado a quase todas as nações. O ímpeto missionário protestante não tem diminuído, mas se diversificado.
Dentro de seis anos, exatamente, em 31 de outubro de 2017, estaremos, em todo o mundo, comemorando os 500 anos da Reforma Protestante do Século XVI. 500 Anos, cinco séculos, meio milênio, é um bocado de tempo. Algumas organizações eclesiásticas e intereclesiásticas internacionais já estão elaborando uma vasta programação, de celebração, de avaliação e de projeção. Essa Semana Teológica Água da Vida, de fato, vive um momento de pioneirismo, como que dando o pontapé inicial. E o fazemos na Baía da Guanabara, onde, ainda no século XVI, aportaram os pioneiros huguenotes, onde foi celebrada a primeira Santa Ceia protestante nas Américas, e onde foi elaborado o primeiro documento doutrinário reformado nesse Novo Mundo, a Confissão de Fé Fluminense.
Tornei-me, pessoalmente, um protestante, por convicção e opção, três anos após a minha conversão, ao professar a minha fé em uma Igreja Luterana, no Culto alusivo à Reforma, como um dos momentos culminantes de uma jornada espiritual, que continua até hoje. Escrevi, certa vez, em um jornal secular de grande circulação, considerar o 31 de outubro de 1517 a data mais importante da Igreja depois do Dia de Pentecostes. E continuo considerando.
Movida por Deus, mas realizada por homens, nas palavras de Martinho Lutero, “simultaneamente justificados e pecadores” (‘simul justus et pecator’) a Reforma foi responsável por grandes feitos e por grandes erros. A nós, hoje, em um constante processo de atualização, nos cabe a honra de reproduzir os grandes feitos, e corrigir e não repetir os grandes erros, nessa Reforma que está permanentemente se reformando, não em seu conteúdo, mas, exatamente, em suas formas, seus métodos, suas abordagens, suas ênfases, suas contextualizações, suas linguagens, suas polêmicas e suas apologéticas.
Repudio, com o máximo de veemência, os que a acham ultrapassada, vencida, uma página da História que está a ter as suas páginas viradas para sempre. Lamento aqueles – inclusive em nosso País – que dela passam a se envergonhar e a negar, quando, muitos desses, um dia vibraram com o seu legado e se orgulharam da sua identidade.
Precisamos da Reforma Protestante hoje, é uma afirmativa que estou fazendo. Não precisamos de uma “nova reforma”, mas de nos apropriarmos, com sinceridade, com determinação, com convicção, com discernimento, com coragem, com atualização, da sua herança, tornando-a não somente autêntica, mas renovada, atual e relevante.

I – Cenário PassadoA Igreja, como Povo da Nova e Eterna Aliança, Novo Israel, novo Povo de Deus de todos os povos e para todos os povos, foi criada no coração do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como portadora das Boas Novas e sinal, primícia e vanguarda da Nova Humanidade, tendo sua inauguração no Dia de Pentecostes sob o poder do Espírito Santo, e tem estado presente de forma ininterrupta na História por dois mil anos, e assim estará, com Ele presente, até a consumação dos séculos.
Portanto, a História da Igreja não começa no Século XVI, mas no século I. Não começa com as 95 Teses de Lutero, mas com o discurso de Pedro. Não começa em Wittemberg, mas em Jerusalém. E, muito antes do Imperador Constantino, no quarto século, a Igreja já tinha se espalhado por todo o mundo civilizado de então; já tinha definido o Cânon do Novo Testamento e ratificado o Cânon judaico do Antigo Testamento; já tinha definido o conteúdo das doutrinas básicas emanadas dessas Escrituras: a Santíssima Trindade, as duas naturezas, o nascimento virginal, a morte vicária, a ressurreição, a natureza da Igreja, o Retorno do Senhor e o Juízo Final, o Novo Céu e a Nova Terra; já tinha definido os Sacramentos do Batismo e da Eucaristia; já tinha estabelecido ministérios de bispos, presbíteros e diáconos; já tinha estabelecido um padrão do governo e deliberação nos Concílios. E, tudo isso, sob a fórmula “pareceu-nos bem ao Espírito Santo e a nós”.
As bases fundamentais da Igreja nada têm a ver com Constantino, mas foram estabelecidas antes dele, nesse legado pensado, ensinado e transmitido pelos Apóstolos, pelos Pais Apostólicos e pelos Pais da Igreja. E era assim que os Reformadores Protestantes acreditavam. Eles nunca pretenderam criar uma nova igreja, fundar uma nova igreja, mas reformar a Igreja de sempre, Una, Santa, Católica e Apostólica. Eles repudiavam o romanismo, não o catolicismo, a fé universal histórica. Eles não traziam nada de novo senão a reafirmação do antigo e do eterno. Os Reformadores olhavam para o Oriente, onde estavam as Igrejas Bizantinas, as Igrejas Pré-Calcedônias (ou Jacobitas), as Igrejas Assírias (ou Nestorianas) e as Igrejas Uniatas (autônomas, mas vinculadas a Roma), e olhavam para o Ocidente, para a Igreja Romana ou Latina, e lamentavam e repudiavam os seus “erros, desvios e superstições” acumulados ao longo dos séculos, pretendendo questioná-los e expurgá-los, mas, unanimemente as consideravam como “ramos autênticos da única Igreja de Cristo”. E não era outra a sua visão em relação às manifestações proto-reformadas, como os valdenses e os hussitas ou moravianos.
Resgatar hoje a Reforma Protestante é resgatar essa visão dos Reformadores sobre o que acontecera antes deles, e, em decorrência, é repudiar, repito, repudiar, como uma terrível heresia, que nos trouxe danos incomensuráveis, a teoria que afirma uma suposta “apostasia geral da Igreja”, como se o Espírito Santo tivesse se ausentado da terra entre a morte de João e o nascimento de Lutero. Calvino, Lutero, Cranmer – todos eles – jamais pensaram assim, e condenariam quem pensasse assim, mas assumiam o passado e afirmavam a presença ininterrupta do Espírito Santo. Todos eles se referiam aos Concílios e aos Pais da Igreja. As Confissões de Fé da Reforma, por sua vez, reafirmam todos os artigos do Credo dos Apóstolos e do Credo Niceno, ampliando e aprofundando alguns temas, especialmente a autoridade das Sagradas Escrituras, a centralidade do sacrifício de Cristo e a salvação pela Graça mediante a Fé.

Uma questão central é: no que nos distanciamos hoje dos Reformadores?Em primeiro lugar desse olhar positivo sobre todo o passado, desse assumir todo o passado, desse assumir toda a História, o que nos faz continuar críticos dos “desvios, erros e superstições”, mas que nos deveria fazer, também, respeitosos e abertos a aprender com as antigas Igrejas não-reformadas, e a dizer que, nos quinze séculos anteriores à Reforma, a cada domingo que se celebrava a Ressurreição e se recitava os Credos, ali estava – com todas as suas limitações – a Igreja de Cristo e não a apostasia do anti-cristo. Os embates travados nesse continente com a Igreja Romana, e os longos períodos de perseguição e discriminação, tornou a comunidade protestante mais vulnerável a aderir à heresia da “apostasia geral da Igreja”, e hoje, afirmando as nossas convicções protestantes, repudiamos essa heresia e reafirmamos o pensamento dos nossos antepassados na fé.
Em segundo lugar quando substituímos a autoridade das Sagradas Escrituras pelo racionalismo, de um lado, ou pelas revelações particulares e pelas experiências, do outro lado. Sola Scriptura, é uma Bíblia crida, aberta e exposta, como Palavra de Deus, nada ensinando ou requerendo que seja crido que por ela não se possa provar, quando substituímos a Sola Gratia pela Lei e pelas Obras, nas exigências legalistas e moralistas dos usos e costumes, quando substituímos a Sola Fide como dom de Deus que recebe a Graça, por um “pensamento positivo” que impõe ao céu a sua saúde e a sua prosperidade.
Começamos a Reforma com seis ramos do Cristianismo e a terminamos com uma dúzia apenas, pois o denominacionalismo não havia ainda surgido, e nem o termo “denominação” era sequer conhecido ou usado, porque, nem está na Bíblia, nem está nas Confissões de Fé Reformadas; nem está nos escritos dos Reformadores, porque eles repudiavam como pecados contra o Espírito Santo, tanto as heresias, que atentam contra a verdade, quanto os cismas, que atentam contra a unidade.
A Bíblia foi traduzida para um número cada vez maior de idiomas, escolas, universidades, hospitais foram espaços concretos do amor de Cristo às nações, o analfabetismo foi reduzido, vidas foram transformadas, culturas foram impactadas, o trabalho foi valorizado, a família afirmada, bem como a dignidade de toda a pessoa humana, em um vigoroso empreendimento missionário que, apesar dos seus inúmeros equívocos, teve uma inegável dimensão civilizatória. A Reforma Protestante, em seu conjunto, tornou o mundo melhor.
Expansão missionária que, por meio de missionários estrangeiros e pioneiros nacionais chegou até ao Brasil, sob fortes restrições legais e discriminações sociais, que varou os sertões ao lombo de burro, levando luzes onde havia escuridão da alma, e que nós hoje somente estamos aqui na esteira do seu ministério sacrificial. E, nessa noite, é nosso dever expressar a nossa gratidão e honrar a sua memória.
A Reforma deixou de ser algo longínquo, na Europa, ou na América do Norte, para ser algo vivo e atual no Brasil. Graças a Deus, por isso!

II – Cenário Atual

O avanço protestante foi originalmente obstaculado no Leste e no Sul da Europa, mas se desenvolveu no Centro e no Norte daquele continente, inclusive como religião oficial. Essa vinculação com o Estado não foi benéfica, e, rapidamente, deu lugar a uma imensa maioria de membros nominais e uma minoria de comprometidos, embora tenha tido um papel de plasmar marcas importantes da cultura e das instituições. Posteriormente, o avanço da Teologia Liberal – universalista quanto à salvação – acelerou o esvaziamento dos templos. Hoje, com a ideologia Secularista e a imigração de membros de outras religiões, particularmente do Islã, já se fala de uma Europa pós-cristã, onde, o que é mais grave, o Cristianismo vem sendo discriminado e perseguido pelo Estado e pela Sociedade secularizadas.
Quadro semelhante vai se dando também no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia, e, em menor velocidade, mas não menos evidente, nos Estados Unidos da América. Philip Jenkins, essa sua obra agora clássica, A Próxima Cristandade, nos fala de um deslocamento, mais uma vez, do Cristianismo, do Norte e do Oeste para o Sul e o Leste do globo, notadamente para a África Sub-Saariana, para a América Latina e para algumas áreas da Ásia e da Oceania.
E aí vamos detectar alguns problemas internos enfrentados pelo Protestantismo, nas suas origens, com rebatimentos atuais.
O primeiro foi a sua preocupação com a Soteriologia à custa da Eclesiologia, resultando em uma débil doutrina sobre a Igreja, a partir de uma ruptura com o modelo histórico episcopal, e a criação do modelo presbiteriano e do modelo congregacional. A autoridade da Bíblia foi afirmada, mas não se elaborou instituições sólidas, que garantissem a manutenção desse princípio, fortemente atacado de fora pelo Racionalismo e de dentro do Liberalismo.
O segundo foi a distorção quanto ao princípio do “livre exame”, entendido originalmente como livre acesso, por uma visão posterior de uma “livre interpretação”, dentro do individualismo burguês decorrente do modo de produção capitalista e da urbanização, resultando em um caos doutrinário interminável.
O terceiro, a partir dos Estados Unidos nos últimos dois séculos, foi o surgimento do conceito de “denominação” e o fenômeno sócio-eclesiástico do “denominacionalismo”, com uma fragmentação institucional sem fim, e a eliminação do pecado do cisma.
Adicione-se as controvérsias polarizantes das primeiras décadas do século passado, outra vez tendo como epicentro os Estados Unidos, tais como: Liberalismo vs. Fundamentalismo; Evangelho Social vs. Evangelho Individual; Evolucionismo vs. Criacionismo, a atitude de apoio, indiferença ou oposição dos protestantes a Hitler e ao Nazismo, ao Racismo do Sul dos Estados Unidos, ao apartheid da África do Sul, a guerra civil de Ruanda, a um ou outro lado da ideologias em choque na chamada “Guerra Fria”, ou às ditaduras do Terceiro Mundo, inclusive da América Latina, além da falta de sensibilidade cultural de empreendimentos missionários, e teremos uma lista de aspectos negativos e danosos.
Os principais movimentos surgidos no interior do Protestantismo na primeira metade do século passado foram, sem dúvida, o Movimento Ecumênico, com uma necessária bandeira da unidade, mas que, depois, se perderia no caminho, sequestrado por uma elite teologicamente liberal; e o Movimento Pentecostal, que se, por um lado, teve um aspecto altamente positivo na atualização e na dinamização protestante, por outro lado foi negativamente marcado pelo sectarismo, pela alienação política e pelo antiintelectualismo. No século XXI o Movimento Pentecostal tem sido igualmente afetado por um doloroso processo de fragmentação, menos por questões doutrinárias do que por conflitos de personalidades e a prática de nepotismo.
Novas correntes, como a Teologia da Batalha Espiritual e a Teologia da Prosperidade apenas concorreram para esgarçar o já débil tecido unificador da comunidade protestante.
O velho Liberalismo Moderno Racionalista tem dado lugar, mais recentemente, ao Liberalismo Pós-Moderno Revisionista, no lugar da verdade pela razão, múltiplas verdades ou nenhuma verdade, o que incluiu um relativismo moral. Em várias tendências do protestantismo atual o passado é atacado e negado em seu valor, inclusive o conteúdo doutrinário, e tanto os racionalistas liberais, quanto conservadores valorizadores das revelações privadas causam imenso dano ao princípio reformado da Sola Scriptura.
Sem dúvida que a expressão mais dinâmica do Protestantismo, nos últimos dois séculos, tem sido o Evangelicalismo, com sua ênfase na Bíblia, na cruz, na conversão, na santificação e nas missões. Mas, como se pode claramente perceber no recente Congresso Lausanne III, na cidade do Cabo, África do Sul, a Igreja está se espalhando rapidamente por todo o mundo, e lideranças nacionais estão sendo treinadas, mas o controle financeiro, político e ideológico dessa corrente majoritária ainda está fortemente nas mãos das organizações sediadas nos espaço euro-ocidental e na cultura anglo-saxã.
Último em citação, mas não em importância, tem sido o avassalador fenômeno do chamado neo-pentecostalismo, também conhecido como iso ou pseudo-pentecostalismo, como seitas para-protestantes, pretendendo fazer parte dessa expressão do Cristianismo, mas sem com ele manter vínculos de qualquer natureza, seja histórico, seja teológico, seja doutrinário, trazendo danos à identidade e à imagem do Protestantismo.
Algo que deve ser ressaltado é que o Protestantismo Brasileiro, pela maior parte da sua história, conseguiu se manter ao largo de alguns fenômenos que atingiam negativamente os seus irmãos de outros continentes, chegando inclusive a ensaiar um nativismo e uma inculturação, uma caminhada autóctone, que hoje são apenas “gratas memórias”, porque também fomos atingidos pela fragmentação institucional e doutrinária, pela importação acrítica de ideias e métodos oriundos do centro do poder mundial, pela desvalorização e desconhecimento do passado ou das expressões não euro-ocidentais do Cristianismo, pela falta de ética e pelo coronelismo do poder pessoal de “donos” de igrejas e denominações, com seus caudilhos e sua fogueira de vaidade.
Uma das principais fontes de enfraquecimento da teologia reformada no protestantismo brasileiro se deu na área do louvor, do cântico, porque a Igreja crê no que ela canta, e canta o que ela crê. Devemos apoiar a composição de novos hinos, especialmente com ritmos nacionais, mas, ao abandonarmos os velhos hinários, abandonamos a riqueza e a profundidade da teologia reformada neles contida. A Igreja deixou de cantar a teologia reformada, para ir deixando a própria teologia. O que se canta hoje são genéricas odes à Divindade e a Paz Interior, que pode ser adotada por qualquer monoteísta, e quase nunca tem algo especificamente protestante ou evangélico.
Enfim, o Protestantismo no Brasil é uma força dinâmica, ainda em crescimento quantitativo, mas com sérios problemas originais ou importados, pela superficialidade, pela ausência de um projeto histórico, o que faz com que, apesar do aumento de igrejas e de membros, e de vidas individuais beneficiadas, pouco ou quase nada tem representado em impacto sócio-político-econômico-cultural e na redução dos problemas nacionais, seja a desigualdade social, seja a desonestidade política, seja a violência social.
Tida como uma “igreja adolescente”, ou como “um gigante de pés de barro”, temos o que celebrar; temos potenciais, mas temos muito com o que nos preocupar e, mantido o quadro atual, fica cada vez mais difícil se ser otimista quanto ao futuro. Temos um Protestantismo Brasileiro ou temos “protestantismos brasileiros”? Ou somos apenas um conjunto de indivíduos morenos que professam uma religião estrangeira ou estrangeirizante, incapaz de se enraizar e de amar e santificar a brasilidade, de pensar como nacionais? Por outro lado, uma pergunta que não cessa de nos inquietar: E o que resta do legado da Reforma entre nós?

III – Cenário Futuro
O cenário que se desenhava na primeira metade do século passado, com um número limitado de denominações históricas, de imigração ou de missão, e de denominações pentecostais sérias e éticas, aglutinadas em torno da Confederação Evangélica (1934-1964), em clima de respeito mútuo, e de mais convergências do que divergências, com todos se considerando parte de uma mesma comunidade, portadora de uma mesma herança, partilhando dos mesmos ideais, lamentavelmente se foi, e não parece possível de ser retornado, ao menos em um horizonte previsível.
O cenário que se desenhava por mais de um século, ainda presente na segunda metade do século passado, de um Protestantismo que tinha o Evangelicalismo como corrente hegemônica, em algo que parecia sólido e disseminado, está se esvaindo muito rapidamente nas últimas décadas, minado pelo Fundamentalismo, pelo Liberalismo e pelo Pseudo-Pentecostalismo. Ironicamente, quanto mais “evangélicos” o IBGE atesta em cada Censo, menos evangélicos esses “evangélicos” são...
O cenário que gerou o nacionalismo da Igreja Presbiteriana Independente ou do “Movimento Radical Batista”, os setores e departamentos da Confederação Evangélica, a participação brasileira no Congresso do Panamá (1916), nas CELAs e nos CLADEs, e a inquietação de jovens e de intelectuais na construção de um Evangelicalismo Latino, seja na Aliança Bíblica Universitária (ABU), seja na VINDE, seja na Fraternidade Teológica Latinoamericana (FTL), seja nos Congressos Brasileiros e Nordestinos de Evangelização, hoje pouco mais é do que memoráveis páginas da nossa História, talvez peças de um museu de sonhos, afogados todos na importação de textos, pensadores, preletores e métodos dos centros do poder mundial, reestrangeirizados, com as “fábricas” substituídas por lojas de brinquedos não “Made in China”, mas “Made in USA” ou “Made in UK”...
Em uma época em que a globalização é apenas um sofisma para o neocolonialismo, somos, provavelmente, os mais colonizados de todos os brasileiros.
A Bíblia, cada vez mais vendida, em um sem número de traduções e de comentários domesticadores para todos os gostos, é cada vez menos lida e menos conhecida.
A História Geral e Nacional da Igreja é algo sobre o que não se tem interesse ou se tem um escasso conhecimento. E como teremos futuro, se não temos passado? E como iremos atualizar o que desconhecemos: a vida e a obra dos Reformadores, as Confissões de Fé, a Teologia, os Movimentos, enfim, o conteúdo mesmo da Reforma!
Antigamente, ou tínhamos membros comprometidos ou os chamados “desviados”. Hoje há o “crente de IBGE”, o “descendente de crente”, o “crente nominal”, o “membro de frequência ocasional”, “de vez em quando”, “quando me der na telha”, “bissextos”, os “buscadores de bênçãos”, os eternos migrantes denominacionais, no modelo “religião self-service”, onde se põe de tudo no prato, que se projeta em novas manifestações institucionais, como Assembleianos Calvinistas da Teologia da Prosperidade ou Batistas Renovados do Sétimo Dia, com as nomenclaturas as mais exóticas e as mais patológicas...
Se o poeta já dizia que “navegar é preciso”, não teríamos imagem bíblica mais adequada para o protestantismo brasileiro do que a Arca de Noé, na diversidade e algazarra dos bichos de todos os matizes.
Uma nota de tristeza e de lamento se dirige a uma expressiva fatia da nossa liderança, que foi evangélica no passado, mas que hoje, influenciada por outras correntes, abjura do seu passado, ridiculariza suas antigas convicções e confunde as novas gerações, na sua busca necessária de modelos e de heróis. A dubiedade de tantos diante de temas como o aborto e a agenda gay evidenciam que o Evangelicalismo brasileiro é menos sólido do que pensávamos ou desejávamos que fosse.
Para um futuro próximo não vislumbro grandes e radicais mudanças no presente quadro. Continuaremos a crescer quantitativamente, teremos uma mobilidade social com a nossa expressiva presença na chamada “nova classe média”, moralmente mais conservadora, e que os políticos já estão descobrindo, mesmo fragmentados e divergentes; vamos sendo empurrados pela História como atores sociais significativos, e não teremos uma face, mas várias faces, podendo a nascente Aliança Evangélica aglutinar setores éticos em torno da Teologia da Missão Integral da Igreja e de um Evangelicalismo teologicamente conservador e sócio-economicamente progressista. A criação de um bloco mais maduro passa pela consolidação de algo que já vem se dando há algum tempo: a aproximação entre os históricos que admitem a contemporaneidade dos dons espirituais e admiram o dinamismo dos pentecostais, e os pentecostais que valorizam o legado e o pensamento teológico dos históricos.
Na profusão de denominações, subdenominações, ministérios, jurisdições, comunidades, missões, há o desafio da convivência respeitosa, da busca de um mínimo de ética como testemunho e, com maior esforço, o estabelecimento de pontes de diálogos e de ações conjuntas, onde tanto a Aliança Evangélica, a Sociedade Bíblica e as Ordens e Conselhos de Pastores poderiam jogar um importante papel.
A busca de um diploma reconhecido pelo MEC, antes que o preparo de obreiros, tende a fortalecer os cursos de Ciência da Religião à custa dos Cursos de Teologia e da própria produção teológica e da prática pastoral.
A reorganização da Igreja Romana em torno de um núcleo de seguidores mais comprometidos, o espaço dos cultos afro-ameríndios nas academias e na mídia, a indiferença religiosa das elites e o secularismo do Estado são desafios muito fortes, e que, muito provavelmente, forçarão um despertar, ao menos por espírito de sobrevivência.
Não precisamos de uma Nova Reforma, nem de novos Reformadores, mas de uma redescoberta no século XXI das mesmas verdades que foram redescobertas no século XVI, e de líderes que tenham a coragem de reafirmá-las dentro do novo contexto. Como já tenho dito, o futuro está no passado que permite construir o presente.
Creio, firmemente, que o Evangelicalismo representa o somatório de toda a herança reformada e é a sua melhor manifestação. Na diversidade de teologias no mercado, nos cabe lutar pela hegemonia do Evangelicalismo, como princípio e como núcleo condutor de uma reformação das igrejas descendentes da Reforma.
Humanamente, o quadro poderia nos levar a cair no pessimismo, já que o otimismo seria irrealista e inconsequente. Mas, a nossa crença na Providência Divina, no Senhorio de Deus sobre a História, e, em particular, sobre a Sua Igreja, nos permite um realismo otimista, passos de fé, que, em muitos momentos, são “saltos no escuro”, mas, assistidos pelo Espírito Santo, nutridos pela Palavra e pelos Sacramentos, nos resta, em obediência, avançar, certos de que Ele faz nova todas as coisas, pois, o nosso Deus é um Castelo Forte, e, em se tratando da Igreja de Jesus Cristo, “Ninguém detém. É obra santa!”


Fonte: Notícias Cristã

Na lista dos dez lugares mais perigosos para um cristão viver, oito são nações islâmicas



Ao mesmo tempo em que líderes mundiais protestam contra o assassinato de 21 cristãos num bárbaro atentado à bomba de extremistas contra uma igreja cristã de Alexandria, no Egito, há poucos dias, um relatório que avalia a perseguição contra cristãos, divulgado nesta quarta-feira, 5 de janeiro, pela missão Portas Abertas Internacional, sediada nos Estados Unidos, confirma os países islâmicos como os lugares onde há mais perigo e violência contra cristãos. 

Segundo o “Open Doors 2011 World Watch List”, que avalia as condições em que vivem os cristãos em 77 nações e, em seguida, classifica os 50 primeiros onde é mais difícil praticar tal fé, apesar da Coreia do Norte ser a terrível anticampeã pela nona vez (permanecendo como o primeiro lugar em nível de perseguição aos seguidores de Jesus), na lista dos dez mais perigosos lugares para um cristão viver, oito são países de maioria muçulmana. 

Dos 30 primeiros países na lista, apenas sete têm outro tipo de grupo que não os extremistas islâmicos como os principais perseguidores dos cristãos.

E a perseguição aumentou em sete destes países. No Irã, a violência cresce para tentar sufocar o crescente movimento de igrejas nos lares. No Afeganistão, milhares de fiéis têm que viver de forma clandestina. Na Arábia Saudita, ainda é proibido qualquer pessoa nascida naquele país se converter ao cristianismo. A Somália sem lei, terroristas sanguinários ameaçam matar os missionários cristãos que querem ajudar o povo e atender a necessidade alimentar das pessoas pobres. No Iémen, permanece a determinação de expulsar todos os obreiros cristãos. E no Iraque, que saltou de décimo-sétimo para oitavo pior perseguidor de cristãos, aconteceu um dos piores massacres, com 58 cristãos assassinados por extremistas em uma catedral de Bagdá em outubro. 

A lista dos 10 países onde há mais perseguição contra cristãos também inclui: Maldivas, Uzbequistão e Laos. A Mauritânia parece estar se tornando mais tolerante com as diferenças. Caiu da posição número 8 para a décima-terceira em grau de perseguição.
Nos últimos anos há um êxodo de cristãos deixando o Iraque para escapar da perseguição. Atualmente, restam pouco mais de 300 mil cristãos neste antigo berço do Cristianismo, onde hoje milícias organizadas barbarizam famílias apenas pelo fato de não professarem a mesma fé que eles. 

A cidade de Mosul e a capital, Bagdá, são os lugares onde a perseguição religiosa é mais intensa. No ano passado, pelo menos 90 pessoas morreram por Cristo no Iraque e outras centenas ficaram feridas em ataques com bombas e armas. Há rumores de que, nas últimas duas semanas, houve uma onda de violência que ceifou ainda mais vidas.
Outra informação interessante do estudo de Portas Abertas é sobre o Paquistão, país que está entre os quinze mais perseguidores, subindo de décimo-quarto para décimo-primeiro, mas que tem a maior população de cristãos entre eles: 5 milhões de seguidores de Jesus.
Segundo o presidente da Portas Abertas Internacional, Carl Moeller, “ser um ex-muçulmano ou um cristão da igreja subterrânea em nações dominadas por muçulmanos é como ter desenhado nas costas dos cristãos um grande alvo. 

Não há liberdade de crença ou religião na maioria destes lugares. E como o relatório 2011 denuncia, a perseguição aos cristãos em países islâmicos continua a crescer”.

Noticias Cristãs com informações Open Doors via SOMA

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ÁFRICA PEDE SOCORRO. FOTOS RECENTES

A conferência dos doadores da UA (União Africana) reuniu seus membros nesta quinta-feira na sede do organismo em Adis Abeba, na Etiópia, com uma mensagem clara: é preciso passar das boas intenções à ação efetiva.












"Este não é lugar para a retórica, mas para ações concretas que, através das doações, suponham uma ação efetiva da África para acabar com a fome no continente", disse na abertura o presidente da Comissão, Jean Ping.
"A situação é de séria preocupação não só para os países da região, mas para todo o continente. Os Estados-membros têm que mobilizar suas ajudas, já que seus irmãos do Chifre da África precisam delas com urgência", afirmou o primeiro-ministro do país anfitrião, Meles Zenawi.
O chefe de Estado da Guiné Equatorial e presidente rotativo da UA, Teodoro Obiang Nguema, ressaltou a solidariedade mostrada pelos africanos por enquanto, e anunciou o compromisso de seu país de doar US$ 2,5 milhões.
Vários chefes de Estado africanos e representantes de países doadores não-africanos, das Nações Unidas, do setor privado e personalidades se reuniram na capital etíope sob o lema "Uma voz, uma África contra a fome".
Na cúpula, a UA tenta arrecadar US$ 1,4 bilhão que, segundo a ONU, ainda está longe da meta. Ate o momento, foi somado US$ 1,1 bilhão dos US$ 2,5 bilhões requeridos para aliviar a situação na região.
O Chifre da África sofre uma grave crise de fome que afeta mais de 13 milhões de pessoas em consequência dos efeitos da pior seca dos últimos 60 anos na região, enquanto a situação na Somália, onde cinco regiões estão oficialmente em estado de crise de fome, se agrava devido ao conflito armado e à falta de um governo efetivo.

Fonte: Folha online



Segundo recente pesquisa do Instituto Gallup e do Pew Research Center, quatro em cada dez americanos acreditam que a humanidade descende de Adão e Eva. 

Mas agora um grupo de cientistas evangélicos afirmou publicamente, segundo reportagem da NPR (organização de mídia que coordena 800 emissoras públicas nos EUA), que não se pode mais acreditar na passagem do Gênesis, da Bíblia, que nos faz herdeiros do primeiro casal a ocupar o Éden."Isso é contrário a todas as provas no campo dos genomas que alcançamos nos últimos 20 anos. Então não é nada provável", disse o biólogo Dennis Venema, pesquisador sênior da Fundação BioLogos, grupo cristão que tenta conciliar fé e ciência.O biólogo continua: "Não houve Adão e Eva, não houve serpente, não houve maçã, não houve pecado que fez o homem perder a inocência".


Notícias Cristãs com informações de O Globo 

Congresso de Estado laico não pode ter bancada religiosa, diz procuradora




Simone Andréa Barcelos Coutinho, procuradora em Brasília do município de São Paulo, defende uma reforma no código eleitoral que impeça no Congresso Nacional a existência de representações religiosas, ainda que informais, como o lobby católico e a bancada evangélica. 

Para ela, essas representações são incompatíveis com o Estado laico estabelecido pela Constituição brasileira. “O Poder Legislativo é um dos Poderes da União; se não for o Legislativo laico, como falar-se em Estado laico?” Em artigo no site Consultor Jurídico, Simone escreveu que há duas formas de separação entre o Estado e as instituições religiosas, uma é total e outra é atenuada – e esta é o caso brasileiro. “Num Estado laico todo poder emana da vontade do ser humano, e não da ideia que se tenha sobre a vontade dos deuses ou dos sacerdotes”, escreveu. “Se o poder emana do ser humano, o direito do Estado também dele emana e em seu nome há de ser exercido.” Por isso, acrescentou, o interesse público “jamais poderá ser aferido segundo sentimentos ou ideias religiosas, ainda que se trate de religião da grande maioria da população.” Argumentou que, assim, o que define um Estado verdadeiramente laico não são apenas a garantia da liberdade religiosa e a inexistência formal de relações entre esferas governamental e religiosa, mas também a vigência de normas que proíbam qualquer tipo de influência das crenças na atividade política e administrativa do país. Nesse sentido, escreveu, partido que tenha em seu nome a palavra “cristão”, por exemplo, representa uma transgressão ao Estado laico. “Os partidos fornecem os candidatos aos cargos ao Legislativo e ao Executivo, que são poderes que devem ser exercidos com absoluta independência das religiões.”Ela observou que a atual legislação não impede que a eleição de ativistas religiosos filiados a determinada crença, o que compromete “seriamente” a noção de Estado Laico. Até porque esses ativistas acabam tendo a campanha política financiada pelas igrejas.A procuradora argumentou também que o Estado laico pressupõe “o pluralismo de ideias, a tolerância, o respeito à multiplicidade de consciência, de crenças, de convicções filosóficas, políticas e éticas”. O que, segundo Simone, é impossível de se obter quando há interferências religiosas no Estado, porque elas, por sua natureza, são redutoras e restritivas, ainda que sejam ditadas com o suposto objetivo do “bem comum”. “Para aonde vai o direito ao Estado laico num cenário político recortado pelas religiões?”
Com informação do Consultor Jurídico.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pastor prega que a Terra é quadrada, que o sol gira em torno dela e tenta provar com a Bíblia. Assista


A Terra é quadrada e o sol gira em torno dela, diz pastor utilizando versículos bíblicos

O pastor Carlos da cidade de Goianésia (GO) diz que a Bíblia afirma que a Terra é quadrada quando se refere aos quatro cantos da Terra.
“A palavra do Senhor diz que a Terra é quadrada, porque a palavra diz que enquanto o evangelho não for pregado nos quatro cantos da Terra não virá o fim”, diz ele.
Não há informações sobre qual a denominação que esse pastor representa, o vídeo foi postado no Youtube e gerou muita polêmica nos comentários.
Outra tese levantada pelo pastor Carlos é que a Terra não gira, e sim o Sol. “A Terra também não gira, quem gira é o Sol”, diz ele citando Eclesiastes 1:5 e também o capítulo Josué 10:12 que fala da oração que parou o Sol.
Os rapazes que filmaram o vídeo o questionam sobre a gravidade, querendo entender como estamos firmados na Terra se ela não gira e não é redonda, o pastor desconversa e tenta levantar outra polêmica: “O papagaio fala, mas o macaco não. Pela ciência diz que o homem veio do macaco, mas eu digo pra você e provo na Bíblia que Deus abre o bico do papagaio, mas não abre a boca do macaco”.
Fonte: Gospel mais